9 Fev 2017
Projetos Especiais

"Caçadores de Asteróides" em grande

Foram, de uma só vez, 31 novos asteroides que, durante o último mês, um grupo de alunos do Agrupamento de Escolas D. Maria II – Braga conseguiu descobrir.

 

Foi provavelmente a campanha mais profícua de sempre. Um conjunto extraordinário de descobertas que constituí provavelmente um recorde nunca alcançado. O feito foi conseguido pelos alunos Mariana Silva (12º ano), Raquel Moreira (10º ano), Diogo Moreira (11º ano) e pelo Professor João Vieira. Estes alunos, que fazem parte do Clube de Astronomia, integram o Projeto “Excelência Académica” no Agrupamento.

 

Um Asteroide é um pequeno corpo rochoso que orbita em torno do Sol, com uma dimensão que pode ir desde os 100 m até aos 1000 km. A maioria dos Asteroides encontra-se entre as órbitas de Marte e de Júpiter. Também são designados por planetas menores. Alguns têm órbitas muito próximas da Terra.

 

O programa internacional, em que os alunos estão envolvidos, incluí entidades de todo o mundo que fazem parte do International Asteroid Search Collaboration.(http://iasc.hsutx.edu/ ), com sede na Universidade de Hardin Simmons no Texas – USA, coordenado em Portugal pelo NUCLIO Interativo de Astronomia (Professora Ana Costa).

 

Nesta campanha, em particular, estiveram envolvidos países como: Portugal, Brasil, Argentina, Bulgária, Alemanha, Índia, Macau, Nepal, Nicarágua, Polónia, USA, Ucrânia, S. Tomé e Macau. Para além do Agrupamento D.Maria II, a cidade de Braga esteve ainda representada por dois grupos de estudantes da Universidade do Minho que conseguiram fazer 14 novas descobertas perfazendo, assim, um total de 45 novos corpos do sistema solar descoberto por Bracarenses. Os dados para estas campanhas são produzidos no detector PAN-STARRS, instalado no Hawai num telescópio de 1,8 metros de diâmetro e que tem instalado o maior CCD do planeta com 1.4 Gigapixeis de resolução.

 

O Agrupamento D. Maria II de Braga já participa nas campanhas de pesquisa de asteroides desde o ano letivo de 2011-2012. Foi neste ano precisamente que se deu a “famosa” descoberta do Asteroide 2012 AK10.

 

O professor João Vieira que tem feito, desde essa altura, a formação dos alunos e a supervisão do trabalho, referiu que “esta campanha foi absolutamente diferente das anteriores. É preciso muita sorte, é verdade. Mas, três dezenas de asteroides, de uma só vez, é algo muito raro. É importante referir ainda a relevância deste trabalho no currículo dos alunos e sobretudo o facto de estes realizarem as tarefas em conjunto com estudantes e cientistas e todo o mundo. Se, ainda por cima, somos uma equipa em destaque a satisfação não pode ser maior. É importante dizer que é um trabalho minucioso e que nos obriga a grande disponibilidade de tempo. Só temos janelas de 48 horas para analisar os dados. Para nós já se tornou um vício e uma rotina passar algumas horas por dia a analisar as imagens”

Nestes programas científicos os “caçadores de asteroides” estão a dar, todos os anos, um importante contributo para a Ciência e para a segurança da Terra, já que alguns destes objetos  representam um sério risco de colisão para o nosso planeta. É necessária a sua monitorização constante. Estas campanhas de observação servem também como sistemas de vigilância terrestre sendo acompanhadas de perto por várias agências espaciais Internacionais.

 

As descobertas, agora efetuadas, serão agora monitorizadas durante 3 a 5 anos pelo Minor Planet Center de forma a validar os dados recolhidos, calcular as órbitas e as posições de cada objeto rigorosamente. Caso sejam confirmados pelo MPC serão, agora, 39 os objetos celestes descobertos por alunos do nosso agrupamento. 

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